Páginas

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Estou triste para a prosa;
Muito feliz para o verso;
A frase sai sempre torta
E o verso como eu não quero.

Estou triste para evangélico;
Muito feliz para católico;
A missa - cheia de mistérios
E o culto - muito simbólico.

Estou triste para tocar;
Muito feliz para cantar;
A nota me erra sempre à garganta
E a corda me fere muito - do dedo - a pança.

Estou triste para sorrir;
Muito feliz para chorar;
A lágrima seca a desabrochar
E o riso... Sabe lá - não quer sair.

Estou triste para amar;
Muito feliz para o amor;
O coração, qual valente,
Sabe que um pobre demente
[não sonha em vão.


A Dubiedade Nostálgica