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domingo, 3 de agosto de 2008

Aluga-se um coração.

Um coração doente de nascença,
Saudável de doença.
Enjoado de viver,
Louco pelo prazer.

Um coração cansado de política,
Dotado de veia artística.
Com uma aorta etílica
E uma veia sádica.

Um coração assim como os outros,
que bate em ritmo solto.
Desmedido, comedido e remediado.
Junto, solto, agarrado e separado.

Um coração assim bobo e sagaz,
De baixo custo e fugás.
Que duro dure mais alguns anos
Bombeando esse sangue desengano.

E se você quiser locar,
Pode ficar à vontade.
É pegar, levar e ficar.
Depois é morrer de saudade.

Um comentário:

Unknown disse...

Adorei ^^