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terça-feira, 27 de novembro de 2007

O Protesto

Idos de dois mil e uns outros anos,
Um florescer inaudito e moderno
De mil corpos em exalares insulados
Numa, que divina, filantropia fugaz.

Paz e amor!
Uma querença amargurada,
Um querer que frívolo,
De um exigir abstrato.

Um milhar de crânios inanes
Sem amor, sem paz, sem ardor.
Genuflexos a uns vis argüires
Do espúrio pórtico do paraíso.

(T. - 27/11/2007 - 23h38min)

domingo, 25 de novembro de 2007

Compêndio
Compêndio
Compêndio
Compêndio
Compêndio
Compêndio
Compêndio
Compêndio
Compêndio
Compêndio
Compêndio
Compêndio
Compêndio
Compêndio
Compêndio
Compêndio
Compêndio
Compêndio
Compêndio
Compêndio
Compêndio
Compêndio
Compêndio
Compêndio
Compêndio
Compêndio
Compêndio
Compêndio
Compêndio

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Penso em tudo n'um dia
Penso n'um dia de tudo
De querer chegar à noite
Sem querer pular o muro.

Não acho que a vida é eterna
Nem que se faça dela algo justo
Mas de minha vida moderna
Quero algo terno e lento, fugaz e profundo.

A verdade é que caço borboletas
Frias, frígidas ao léu.
Inconscientemente - querendo tocar o céu.

Ao céu não sei se vou,
ou no inferno me afugentar
Mas guardo em mim esse duelo.
[~~ n'um sorriso que eu tenho pra lhe dar.


Sonnetto Aquém

sábado, 17 de novembro de 2007

Ao me ver perseguir-te,
E o fazer com tremores,
Escalda-me a face ao fel
Constrangida de tantos rumores.

De tanto fugires procedes
A um deus desgabador
Que a tua pele fere,
Dando-te curso superior.

E o faz com tamanha destreza
Que a minha ninfa princesa
Torna-se monstro usurpador.

Usurpa em ti a beleza d'outrora,
Convertendo-te a uma cotada senhora
Infiel ao nosso curso fundamental
[inferior.


Reminiscências de um amor barrido

domingo, 11 de novembro de 2007

Babélico III (Quadro de Poemas)


IX

Broquéis

Ao desraigar dos meus broquéis
Estive lânguido, qual prostrado
Ao arpoar do teu corpo proseado
Entre versos duma ardil volúpia.

Teu salivar protéico e místico,
Cá, eu, ao sensabor senegalesco
Séptico estático, um parvo autor
Ao escopo de tua alcova devassa.

T. (11/11/2007 - 12h33min)


X

Úlcera

Esta é a úlcera que te infecta,
Dormente, lôbrega vivalma parva
Com introvertidos olhos senis
Duma fátua e ignorante fé.

Qual fedor dos deuses lúdicos
Que te aniquilam o viver, afã
Invernoso: sempiterna estação.

T. (11/11/2007 - 13h01min)


XI

Maldita Poética

Nesta malfadada Poesia, ressoam
Os silvos mais abissais, quais
Récitos fatais em meu esconso
Dilacerado, um fulcro passional.

Versos ébrios - etéreos - de um
Propagador da insensatez d'alvor
Do esvair avante uma Era Inumana.

T. (11/11/2007 - 13h17min)


XII

Vilipêndio

Por ti, não-inesperado algoz
Que ma coragem acalenta em
Tanto Horror quanto o dito
Do Não - dum delicado amour.

Açaimo que te reveste o peito,
Um montante de moral, que nem
Mordisca o cru do intro amar.

T. (11/11/2007 - 13h26min)