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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Petrolina,
cantar-te-ei em hinos
de louvor à minha terra
que a dores muitas encerra
em si a força e a labuta
deste povo batalhador.

Hei de proclamar do litoral,
do alto do planalto
- da Borborema ou do Central -
que da beleza que há em ti
e em tuas belas mulheres
em canto nenhum do Brasil há igual.

Blasfemarei o mais digno pedante
ou qualquer outro ser andante
que de teus ares desenvolvimentistas
fizer pilhérias ou fizer grossas vistas
pois sei que há em teu seio tamanha grandeza
que não cabe em mente de qualquer turista.

Desbravarei os quatro cantos da Terra
levando as honrosas glórias de ser filho teu
e quando, em fim de batalha,
tiver alcançado a vitória
regressarei aos braços da terra amada,
ao Velho Chico, à Catedral, à Matriz e outras praças
- voltarei ao acalanto de tudo que é meu.


Petrolina Minha
Uns nascendo,
outros morrendo
e eu me fodendo
mas (acho que) aprendendo.

Uns ficando,
outros zarpando,
eu me amarrando
mas a vida vai andando.

Uns ruindo,
outros ressurgindo,
eu me exprimindo
e o texto vai surgindo.

Já que estou procurando
mas não estou achando
outras formas verbais divergindo
este poema está-se esvaindo.


Gerundismo P(r)o(bl)emático

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011


Se não for com o peito
não tem jeito
não tem graça
nem fogo, nem fumaça

Se não for proteger
- o que se passa?!
Não tem sentido fazer
não tem álcool a cachaça

Se for por ir à toa
bem melhor ficar onde está
se for pra comer a boa
pra no final não gostar

Se for pra fazer que faça
com graça, com jeito, com garra
Ainda que seja na marra
mas sempre, sempre amar


Antes, durante, depois