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sábado, 27 de fevereiro de 2010

Não quero mais tequila.
Não quero mais vodka.
Não quero mais paixão.
Não quero mais amor.

Eu só quero o quarto aberto
com as pernas escancaradas.
Ávidas em receber meu membro
em prantos salutares de prazer.

Não quero mais desejo.
Disso já me tenho suficiente.
Não quero mais saudades.
Todas fincaram minha terna mente.

Anseio pelas lutas de quereres-não-quereres
que pelos prazeres que afincam a carne
e o devaneio que se faz um instante
por dizer que só quero a ti, nada mais.


Por assim de "z" que só quero sexo.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

A gente vai crescendo
e vai se achando importante.
E vai se achando pequeno
e vai se achando distante.

E vai se ficando mais chato
quando vai se ficando mais real.
E vai se ficando ranzinza,
Se a mágica vai se ficando banal.

O amor vai se diminuindo aos pouquinhos,
o diminutivo vai se diminuindo depressa.
A tristeza vai se diminuindo um bocado
quando a riqueza vai se diminuindo sem pressa.

O tempo vai acabando
e a gente vai ficando sem tempo
e vai se achando sem tempo
e vai se diminuindo sem tempo.