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segunda-feira, 30 de maio de 2011

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sábado, 21 de maio de 2011

Agora estou na rua
- bem sei estar no deserto
na casa das mulheres nuas
no mundo de tantos desafetos.

Em verdade, estou na aurora
dos passos matinais desavergonhados
sobre as cabeças humanas d'outr'ora
zombando de seus humanos passos.

Neste verso sou eu quem mais vive
trancado dentro de três quartos
vazios com a mente que assiste
ao conhecimento de todos os espaços.

Vês aqui palavras mortas,
jazidas há quase dez anos.
'Inda assim, ainda expostas
na cova de um desumano.


Suicida Quântico

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Escrevo por que a palavra existe
e contenta-me vê-la perpassar
retinas alheias, ferindo os olhos
que descuidam daquilo que se lê.

Também pela insatisfação
do que se escreve pelos mortos
mesmo depois que esses
jazem todos enterrados e calados.

Por ser um tolo - entre tantos e muitos.
Por não querer justificar minhas letras.
Por querer injustiçar as verborreias alheias.
Por amar ter proferidas as minhas próprias.

Escrevo por que as palavras me vêm enquanto defeco
e se esvaem enquanto escrevo, penso, as excreto.
Um prato de comida. Um prato de comida. Um prato de comida.
Um amor maldito. Milhares de noites. Alguns cornos.
Comer-te-ia se me fizesses cabo
aos meus tormentos eternos
e à loucura que persiste.

Penetrar-lhe-ia meu rijo membro
se os desventurosos buracos deste mundo
não me tivessem engolido primeiro.

Deflorar-lhe-ia todas as cavidades
se minhas condicionais conjunções
coubessem em seus ouvidos.

Amar-te-ia se tanta concupiscência
não fosse digna da raça humana
e o amor fosse intangível à ponta da língua.
Livrei-me de ti, ingratidão,
pois o amor mais bonito do mundo
não cabe na palma de tua mão.

Livrei-me de ti, presunção,
que me queres de todo um só
sob as tuas asas da solidão.

Estou livre, amargura do amor a dois,
assina agora este tratado de soltura
e manda-me à puta que pariu.

Desvencilha da tua mais egoísta paixão
os meus deletérios atos de promiscuidade
que praticamos, os dois, a sós.

Por fim, acorrenta-me novamente
em teu pecaminoso ventre
que só ele me conduz à vida eterna.


Salvando-me da Insanidade da Minha Mente

terça-feira, 10 de maio de 2011

Ah, vida ingrata.
Que me deixa esperando
- depois, só pra me matar.
Que em mim se esvai.

Ah, vida de enganos.
Que a cada dia tenho menos
- digo, a cada dia que vivo mais.
Que nasce pra expirar.

Ah, vida maravilhosa
com sua crueldade mais impiedosa.
Com suas mulheres, muito vivas
- muitas, muito gostosas.

Ah, vida milagrosa.
Que se deixa por querer mais
viver, amar, pedir demais
dos meus 21 anos atrás.

Não é viva esta palavra.
Não é morta esta peleja.
Não é alívio, nem sofrimento.
Não é felicidade, nem tristeza.