Que dirá de mim artista?
Sentado à beira da pista
de carona, pedindo ao desconhecido
para que em meu peito faça seu abrigo.
Que dirá de mim atleta?
Correndo feito pateta
de corpo são e mente mais sã ainda
sem saber onde essa estrada termina.
Que dirá de mim doutor?
Prescrevendo dos outros quem sou,
frequentando asilos d'outros amigos,
diagnosticando a cova que será meu jazigo.
Que dirá de mim poeta?
Escrevendo a dor que se sente
em um coração, relicário demente,
a sina de ser indelicada seta.
Do vazio d'agora
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