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terça-feira, 27 de novembro de 2007

O Protesto

Idos de dois mil e uns outros anos,
Um florescer inaudito e moderno
De mil corpos em exalares insulados
Numa, que divina, filantropia fugaz.

Paz e amor!
Uma querença amargurada,
Um querer que frívolo,
De um exigir abstrato.

Um milhar de crânios inanes
Sem amor, sem paz, sem ardor.
Genuflexos a uns vis argüires
Do espúrio pórtico do paraíso.

(T. - 27/11/2007 - 23h38min)

5 comentários:

Glaycianny Pires disse...

"Sem amor, sem paz, sem ardor"

eu gostei desse!
:)





(L)

Anônimo disse...

do kralho!
cara vc é bom.

Clarissa Santos disse...

"Crânios inanes" :DD
Fantástico.

Como sempre, indescritível.

:D

Anônimo disse...

Forte?
Forte?
Forte?

Anônimo disse...

Não consegui ligar o ventilador.
O calor pairou, como de sempre, sobre o meu corpo e não circulou, entre os ares quente e frio, o desejo ardente das gotículas transpiradas.
"Gotículas" não é uma expressão muito bonita. Velhos vícios. Velhos e tortuosos vícios. Preciso desvencilhar-me deles antes de continuar comentando aqui.
Perdoe-me qualquer consternação.