A sensibilidade morta.
Que esta enzima milenar me possua,
E todos meus planetas involutários,
Aniquile o prazer, meu belo ansiar.
Que me engula noutras mordidas, que
Não uma única desfeita afetuosa. Oh!
Consuma-me os imortais membros vis.
Que me beba, mergulhado ao desprazer
Daquele que mente, mas que num gabo,
Afoito - em Noites mastigadas, enfim.
E nu! Impiedosamente nu! Excitado!
Este viril desgosto que se inunda
Sozinho, ao inane antro não-fugidio.
Estas mãos, então! Num léxico desamante,
Outrora, neste pélago do desapego-mil,
Não voltarão - decerto - deste aconchego?
De que morro eu? Que desaprovo a falta
Destes intermináveis dissabores que
Quase me fogem, esbeltos não-careceres.
Ou assisto àquelas películas rudes,
Duns galhardos - esmerados belos,
Afoito em mim, neste sobejar inócuo?
Unindo-me ao despejar de cabeças,
Trôpegas - que afeição voluptuosa!
Tão confusas - ou mero padecer reles?
Que multiforme sensibilidade fortuita!
Vejo-me sozinho e quase deliciado.
Até esqueço-me de tuas pomposas pernas.
Daquele apego extremo e atemporal,
Enganando mesmo a uns peritos amantes,
Nuns tresloucados ósculos vaidosos.
Sim, anjos e demônios verdes e azuis!
Que esta seja a minha perdição, como
A um amante que já se tenha encantado.
Que este clamor esbelto morra entre
Teus olhos, os que me seduziram,
Minha experimentação poética prima!
Aquele que fora, e que se afluíra!
Que inflamara as vias deste rumo,
Doravante avulso de sensibilidades!
Que pesar o de ser mero entretanto!
Nem frutífero, ainda menos audaz!
Este poetastro que ao piano, apenas.
Quase que a te cantar umas canções,
As canções que apenas dele, vê, orbe?
Tu que ao planeta, eclipsou contudo!
Que este imperfeito bem-querer múltiplo
Seja a prova de minha frivolidade hostil
Que desagua neste mar-solitude, imundo!
Como a percepção doutro onírico Sol,
Curvado à Lua que se estende cálida,
Nesta Noite que me turva o compor.
Afinal, que este descaminhar constante
Desfaleça nestes braços incomunicáveis,
Ao amplexo que é o ante deste amar.
T.
A 06 de março de 2008.
quinta-feira, 6 de março de 2008
sábado, 1 de março de 2008
Delírios galhardos.
Aqui há o fardo dos fingidores,
Qual aprazer sucinto - ouçam;
Senhoras e senhores! Entretanto,
Desacreditem, ledores parvos,
Que a euforia desvairada deste
Amásio colorido de vulcões,
À astúcia se é mais feroz,
Quando a si, mata e o destrói.
Deveras louva-se a Arte Cosmos,
Sacrifica-se em obras espúrias,
Pela franqueza que é padecer,
A leais dissabores intrínsecos.
T.
Sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008.
Aqui há o fardo dos fingidores,
Qual aprazer sucinto - ouçam;
Senhoras e senhores! Entretanto,
Desacreditem, ledores parvos,
Que a euforia desvairada deste
Amásio colorido de vulcões,
À astúcia se é mais feroz,
Quando a si, mata e o destrói.
Deveras louva-se a Arte Cosmos,
Sacrifica-se em obras espúrias,
Pela franqueza que é padecer,
A leais dissabores intrínsecos.
T.
Sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008.
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