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quarta-feira, 3 de março de 2010

Cantarei à minha terra
o amor que nunca senti
quando subir àquela serra
distante dos amores que hão aqui.

Voltarei ao cunho do abandono
e mendigarei aos deuses absolutistas
a misericórdia de qualquer abono
que de Petrolina me tragam notícias.

Se algum dia voltar às planícies que me desacolheram,
proferirei aos céus e às areias da ilha que me deixem
espairecer os prantos do coração metropolitano
nas águas gélidas que firmaram o rumo do meu ser.

Fugir a esmo! - eis o nome desse novo ato.
Que, feito um palhaço alheio aos risos,
novamente enceno e deixo o picadeiro setanejo.
Adeus, minha ficha dezenove interiorana.
[adeus.

2 comentários:

Anônimo disse...

Adorei: minha ficha dezenove interiorana... Então... rumo aos picos da metropóle acadêmica!

Anônimo disse...

Adorei: minha ficha dezenove interiorana... Então... rumo aos picos da metropóle acadêmica!