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domingo, 18 de abril de 2010

A vertigem das horas cedeu
ao espaço infinito do quintal.
Não sei mais quem sou eu
ou se essa estrada tem final.

Braços cruzados e pés descalços:
sujo de lama até os cabelos.
As horas urgem em espasmos
o triste fim do meu cerebelo.

O tempo implode e o som explode
um estalo seco em minha vida.
Será a vida ou a morte que me acode
após a pancada outr'ora sentida?

Os espaços foram transladados ao infinito
e os termos do início concluíram sua tarefa.
O sol brilha soberano e a terra continua girando
com uma estrela a menos, que jazia há muito
[apagada.

Um comentário:

Rodrigo Mendes disse...

geniaaaaal!
eis um fã!