Te vejo nas esquinas
por onde eu ando
de vez em quando
eu te vejo.
Te vejo noutros rostos
nos meus desgostos
e mesmo sem teu rosto
eu te desejo.
Te quero nos meus braços
alheios aos meus traços
do fiel, frio e puro desespero.
Te quero em meu regaço
preso aos meus laços
que mesmo sem gostares
és meu sossego.
sábado, 25 de junho de 2011
domingo, 19 de junho de 2011
As tripas do cérebro maculando
a alva lividez do azulejo terráqueo.
Foram-se os pensamentos extraterrenos
em esbaforida e incansável autoflagelação.
As formigas se divertindo com os seus restos
- imortais do éter castanho e putrefeito
das ideias que lhe carcomiam as entranhas,
repletas de vontades e desejos irrequietos.
Lápis, canetas, livros, amores e ódios
todos expostos à ferida do último flagelo,
da última perturbada expansão pulmonar,
da mais indistinguível e banal contração cardíaca.
Humanos uniformizados recolhem as suas vísceras
e esquecem, em seu recatado e silencioso recinto,
as tantas viscerais proezas feitas quando em vida
e - sobretudo - o mais belo gesto de morrer.
As Últimas Palavras de um Decrépito Cadáver
a alva lividez do azulejo terráqueo.
Foram-se os pensamentos extraterrenos
em esbaforida e incansável autoflagelação.
As formigas se divertindo com os seus restos
- imortais do éter castanho e putrefeito
das ideias que lhe carcomiam as entranhas,
repletas de vontades e desejos irrequietos.
Lápis, canetas, livros, amores e ódios
todos expostos à ferida do último flagelo,
da última perturbada expansão pulmonar,
da mais indistinguível e banal contração cardíaca.
Humanos uniformizados recolhem as suas vísceras
e esquecem, em seu recatado e silencioso recinto,
as tantas viscerais proezas feitas quando em vida
e - sobretudo - o mais belo gesto de morrer.
As Últimas Palavras de um Decrépito Cadáver
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Coração errado, traquino
não sabe o preço que paga
por viver com esta mágoa
e amar feito um menino.
Coração bobo, tolo, criança
sabe que é um indecente
'inda anda todo contente
por pagar à toa esta fiança.
Que o beijo dela é todo o mundo
que não se quita num só segundo
mas fica pra sempre em dívida eterna.
Que o corpo dela é o mundo todo
que abraço com meu coração bobo
e me perco quando ele me erra.
Amor Banal
não sabe o preço que paga
por viver com esta mágoa
e amar feito um menino.
Coração bobo, tolo, criança
sabe que é um indecente
'inda anda todo contente
por pagar à toa esta fiança.
Que o beijo dela é todo o mundo
que não se quita num só segundo
mas fica pra sempre em dívida eterna.
Que o corpo dela é o mundo todo
que abraço com meu coração bobo
e me perco quando ele me erra.
Amor Banal
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Você me deixa o pau duro
e um tanto inseguro
de saber se ele está certo
ou eu estou errado.
Minha mente vacilante
anuncia ao membro vibrante
a mais ingênua e pura
forma do feminino pecado.
Sou um mero e simples amante
desse teu corpo errante
e de açoitá-lo a penetrantes vistas
não sou exatamente culpado.
Tu és, de fato, a pecadora
por incitares minha íris delatora
a tantas contrações sanguíneas
com teu belo quadril celerado.
Vamos os Dois ao Inferno
e um tanto inseguro
de saber se ele está certo
ou eu estou errado.
Minha mente vacilante
anuncia ao membro vibrante
a mais ingênua e pura
forma do feminino pecado.
Sou um mero e simples amante
desse teu corpo errante
e de açoitá-lo a penetrantes vistas
não sou exatamente culpado.
Tu és, de fato, a pecadora
por incitares minha íris delatora
a tantas contrações sanguíneas
com teu belo quadril celerado.
Vamos os Dois ao Inferno
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