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domingo, 22 de janeiro de 2012

Meus olhos não se enganam:
eles sabem que é você
o motivo por quem tanto reclamam
que ainda não te podem ver.

Os meus pés estão sempre certos
e eles seguem os teus rastros
mesmo em meio ao campo aberto
são sobre os teus os meus passos.

Meu falo por ti fala
ansiando por teu ventre
quando a noite vem e me cala
não é o teu fogo que ele sente.

O tempo é sábio e não pára
mesmo quando estás ausente
com ciência de que virá a hora
de que em ti serei presente.


Patientae

2 comentários:

T. disse...

Cá estou, meu amigo. As palavras me sumiram até pela falta do dispositivo.. mas está tudo bem. Ainda dedilho muitas canções, sambas solitários, fotografias marginais. Ainda consta muita palavra em minha sede. Novos formatos, novas ideias, nova gramática. Tentei criar outros padrões em outros sítios, mas não hei de largar o Déca. Essa nação é nossa. A poética que há de se debruçar em muitos posts por aí. Há muito mais a fazer. Muito mais a desvencilhar na estética, na práxis habitual do dia a dia e na performance expressiva, por veículos linguísticos diferenciados. Da palavra à voz, à rua, aos sítios online, às mesas de bares e esquinas de uvas alcóolicas, ao vídeo, ao mais.

Anônimo disse...

Hmm...amei!