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sexta-feira, 6 de abril de 2007

Odeio como as palavras saem da minha boca, parecem sujas, corruptas.
Sinto vontade de me jogar do precipício da vida toda vez que abro a boca pra dizer alguma coisa, as palavras são como navalha, cortam a sua voz, sua garganta, te cortam por inteiro. E não machucam só a você, machucam também quem está perto de você, quem tenta te amar. É duro sentir o mundo passar a sua volta, e você estagnado ali, cansado, incapaz de mudar, as vezes até se arranja alguma esperança pra continuar, pra seguir em frente, mas, acaba batendo de cara com uma parede grande e firme. Estou preso num labirinto que parece não ter saidas, com essas paredes fortes e firmes procurando uma saída, uma brecha, por menor que for, mas não tem jeito, estou perdido.
E esse labirinto consome as esperanças nesse processo louco de difusão.





NP: Caetano Veloso @ Trem das Cores.

Um comentário:

T. disse...

e o desassego torna-se uma casa, um lar.
enquanto isso, pela janela, observa-se o decadentismo de nossa geração.

melhor pular pela janela, viver no desassossego da juventude, mas beber um bom vinho com os amigos.