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sábado, 15 de dezembro de 2007

Vasa-me agora,
tenebrosa flâmula da desconjuntura do meu ser.
Transborda-me sem hora
de findar em mim tudo isso que me faz parecer.

Vai-me agora,
o coração à espreita d'um tênue pesar.
Vem-me sem demora
à minha mente a expressão luxuriosa de todo o amar.

Entornam-me a mim,
os antigos, dantescos versos.
Esvaem-se em fim,
num mar de piegas e desafinados retrocessos.

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