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quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Sinto, meu bem,
Por te ter em pecado.
Melhor perdurar entre um laço
Que roubar de outro meu doce regaço.

E essa doce luxúria,
Que agora te cerca
Não vive sem brechas
Não acha moradas desertas.

Por pior que seja a dor
De outrem que se ache aqui
Não é maior que o prazer que sinto
Ao ficar, vendo-te partir.

Ao meio se faz
O que já não era inteiro.
E no meu peito se traz
Algo infértil, putrefeito.

De amor ou suor,
Em visto que não é lama,
Atende o prazer da chama
De quem agora consola o teu drama.
[AMA!

Segunda-feira, 19 de Novembro de 2007

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