Sinto, meu bem,
Por te ter em pecado.
Melhor perdurar entre um laço
Que roubar de outro meu doce regaço.
E essa doce luxúria,
Que agora te cerca
Não vive sem brechas
Não acha moradas desertas.
Por pior que seja a dor
De outrem que se ache aqui
Não é maior que o prazer que sinto
Ao ficar, vendo-te partir.
Ao meio se faz
O que já não era inteiro.
E no meu peito se traz
Algo infértil, putrefeito.
De amor ou suor,
Em visto que não é lama,
Atende o prazer da chama
De quem agora consola o teu drama.
[AMA!
Segunda-feira, 19 de Novembro de 2007
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