Oh! Fêmea rainha de todas as outras,
tu que fazes apaixonar até as flores.
Por que me olhas com tão bons olhares
E guardas sob a túnica meu matrimonial
[ósculo do mais sagrado amor?
Que de madeixas - quase sagradas -
podem surgir os mais aprazíveis ares,
já me dizia cupido - ser de melindrosas asas.
Mas que pode brotar de um coração grosseiro
[os mais pusilânimes índices do amor?
Não me julgava capaz de desvencilhar em tinta
os mais belos pesares dessa vida mofina.
Mas me ensinas em gestos e palavras - divinas -
que o tempo não apaga o bucolismo d'outrora.
Agora, minha senhora, por mais que queiras a mim
fazer sofrer a alma que expia o coração perdulário,
não te esquece que mesmo de um peito desafinado
pode soar o mais puro e gentil amor - o sem fim.
Eis a ressurreição
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