Páginas

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Alguns são felizes com as árvores que plantam.
Outros são apenas sorrisos, medos e desejos.
A verdade é que a dor não mata, mas vive.
E outra verdade é que eu não sei nada.
[mas essa última é desnecessária.

A sorte não é algo que vem pra todos.
Parece-me só ser dos sortudos.
Não sou redundante, não confunda.
Sou apenas mais um amante moribundo.

Não deveria sair, em letras, toda verdade.
Ou a necessidade de um homem que sente.
Mas os dedos roubam ao coração a mácula.
E as palavras desviam o medo que o olhar
[insiste em acidular.

Vivo, então, pelo medo que sinto.
E morro pela dor que sinto.
E amo pela dor da que tenho medo.
E tenho medo do sentir que amo.

Resumem essas palavras, portanto,
toda a simplicidade expressa em alma.
A simplicidade à qual todo esse texto expia:
vivo por que a poesia existe.
[e, por existir, deixo me ser patético.

Nenhum comentário: