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sábado, 10 de outubro de 2009

Meu caro e velho amigo,
As égides do armagedom
pairaram sobre nossas cabeças
fio a fio dos compridos cabelos.

Mas os pés, como em pegadas,
entrelaçaram-se em assaz rastros
e não permitimo-nos a transcedência
a esse algo que se chama banalidade.

Seu ósculo esquecido é o qual lembrado
entre tantos outros ósculos perdidos
que agora tangem a minha tez.
Tempos longíquos de normalidade.

No âmago de tamanha pureza,
a putrefação de carnes alheias.
No serpenteio de minha tristeza,
um coração bate distante.

Se Vênus arrastou-me a si
e concedeu-me a maldição
de tão profunda mágoa,
agora clamo-lhe, irmão
[que aqui termino em ão
[a mácula de mal-sucedida anáfora.

Um comentário:

Rodrigo Mendes disse...

legal mesmo.. gostei do estilo de vcs! muitos osculos pra esse blog!
hahhauhuahhauh
\o/