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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Não posso negar que vim de onde venho
e não tenho a mínima ideia de onde vou.
Mas posso me opor à verossimilhança vital
que se abstém das perniciosidades do espírito.

Não que revele religiosidade, afirmando pernicioso.
Mas a espiritualidade das concupiscências da carne
é muito mais cruel e além que pode sonhar
o nosso auto-prazer masturbatório, quer seja
[anal
[vaginal
[escrotal

E por falar em escroto, qual palavra escrota
essa tal de concupiscência!
Não sei se está certa, a grafia,
a caligrafia, a orgia, a caristia.

Profano! - profano, digo eu, - profano!
Ou português ou gramática negra:
dize a esta alma entristecida se verá
outra outr'ora perdida entre hostes celestiais.
[disse o corvo: nunca mais.



Nunca mais.

Um comentário:

Unknown disse...

Profano, profano!! Se é que entendi!