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sábado, 16 de janeiro de 2010

Vem, estrela da última hora.
Cala em mim o teu luxurioso escândalo
que se despe entre três ou mais bibelôs.
Sacia de ti toda a ganância da impureza.

Vem, antes que a lerdeza das horas acabe
e o céu fique mais claro que meu desejo
de possuir-te e embranquecer teus lábios.
Antes que se fechem as portas do cabaré.

Ainda antes que o meu amor de duas noites se esvaia
por entre outros ventres menos desejados, menos avultados,
menos maculados e menos dilacerados que o teu.

Careço que venhas antes que meu violão se perca
nas notas das outras noites que vivi pelo desejo de ti.
Vem, antes que o meu dinheiro acabe.

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