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sexta-feira, 24 de agosto de 2007

A despedida é - entre a senda escabrosa que trilha o caminho "dessa para melhor" - um dos fatores determinantes ou integrantes do medo. Se estar vivo é o bastante para o cumprimento de nossa sentença, o encontro com o único mal irremediável, aquilo que é a marca do nosso estranho destino sobre a terra, aquele fato sem explicação que iguala tudo o que é vivo num só rebanho de condenados - por que tudo o que é vivo, morre mesmo! -, o que seria da ida, sem a despedida?
Além do longo "ctrl + c, ctrl + v" expresso anteriormente, seria um condicionamento para relações frígidas e sem um sentimento palpável e expressivo - isso está explicitamente tangível. Entretanto, não o seria da mesma forma se visto de ângulo diferente: para quê sofrer com despedida?
Se só vai quem chegou, e quem fica não esquece dos seus sonhos, suas metas, nem paixões, não há razão para tal. Além do mais, quem foi - da mesma forma como chegou - poderá voltar ou ter-nos integrados ao "rebanho de condenados".
aaaE assim tudo é tão simples que cabe num cartão-postal. Se o nosso caso de amor não pode acabar mal, se acabou, não foi nada mal. Afinal



Você sofre,
se lamenta,
depois vai dormir.
Como pode alguém ser tão demente,
porra louca,
e ainda amar?



Deixo-vos, agora, um simples bilhetinho azul.
Xuxu,
Vou me mandar.


2 comentários:

T. disse...

ver um amor feito um abraço curto para não sufocar...
"Se o nosso caso de amor não pode acabar mal, se acabou, não foi nada mal. Afinal."
Mande-se, xuxu!

Clarissa Santos disse...

"É eu vou pra "Paraíba" talvez volte qualquer dia."
:}
Achei lindo.
"e depois vai dormir."

:)
Beijos, meu caro.