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domingo, 19 de agosto de 2007

Pensamentos em vão.

Vãos em pensamento.

Tolos; tolos somos nós.

Em meus encantamentos.


Julieta sem Romeu,

Um Romeu mergulhado em Julietas.

Dentr’outras megeras, meretrizes.

Vivendo em sarjetas.


Um pensamento sujo

Sobre teu corpo honrado

Em tua face tão límpida.

Dentre o teu ventre selado.


Romeu, decerto, não sou eu.

Julieta, deveras, não és minha.

Ainda que reine sobre meus subalternos.

Doutrem tu és a rainha.


Mais um toque excita minha mente

Pena, não é o dos teus doces dedos.

Não funcionam mais os meus sentidos

Ao saber que eles tocam sobre outros enlevos.


Só um rei sem uma rainha.

- Romeu, degolo-te! Essa dama é a minha.

Põe trajes sobre tua pele.

Deixe-a com o dono da espada que agora te fere.



Amanhã tem, baby lonely.

Um comentário:

T. disse...

daria uma bela peça, assim; sobre um terno e tenro Romeu e o teu veneno: mais condoído do que seria a morte, ainda mais, envolto em notas melancólicas de um piano, enquanto teus olhos imergem em insensatez.
belo, belo. senti falta de tua poesia.