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quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Veneno

Aguardo, bela meretriz, para te sorver o sangue.
Em escárnio, em putrefação, em galhofa.
Haurir-te o malfadado veneno,
[inescusável]
E, em ti, a derradeira gota verter.

Resvalar o brando esmero do tormento:
Olhos morféticos teus, moscando-se.

Outrora foste tu, augúrio meu;
Intoxico-me também, pois então.

Jazemos fétidos e tíbios,
Dentre mordaz torpor.
Quase que por sem vigor
Inumamo-nos unidos, em torpe solo,
Minha bela meretriz.

Cessando em vida,
Debruçados e sem coração.


(T.)

2 comentários:

Anônimo disse...

uh.
bem à lá Álvares, heim!?

tesudo, teu poema.
;**

L. Laíra disse...

Quanto tempo sem vir aqui...
Confesso que li todos os textos que que ainda não tinha lido.

E adorei....
Você sabe que eu sou sua fã incondicional!
^^

Saudades de conversar com vc sobre arte e poesia nas madrugadas!!

bjos!!