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segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Vago em pensamentos desertos,
bebo dessa água que não me cedes.
Penetro, em ti, o meu mais fundo âmago
Numa lamúria de prazer e infinita prece.
[por teu amor.

Não sei se por angústia ou luxúria,
enlaço-me a ti, num profundo gemido.
E mesmo o teu doce mel genital
não me cessas o prurido.
[por teu amar.

Flagelo-me o mais vivaz e inútil sentir.
Canso e descanso sobre o mesmo busto,
quando a inércia de não te ter
deixa de me causar tremendo susto.
[por teu prazer.

Degolo-te.
Amo-te.
Suicido-te em mim.
[por a ti amar.

Um comentário:

T. disse...

Já fui claro quanto a minha admiração. Lindos e musicados versos. Aflora o bello amor dos sensuais corpos que se tocam em coração e alma. Luxúria ou angústia? POETA: tens tudo dentro de ti. Suicida-te como somente a tua dor e o teu prazer te glorificam. Nefelibata amigo da insanidade.