Páginas

sábado, 21 de março de 2009

Me desculpe o que eu vou falá
É que lá longe mora uma sinhá
Que em meu peito faz seu habitá
E, às vezes, o coitado se despedaçá.

Mas devo dizer, meu coroné
Que esse ser não é só mulhé,
De peito e bunda já fiz de pé
E agora faço só como ela qué.

Bem sabe que há alguém aquí
Que só de pensar nela fica felí,
Da caridade que dela quí
Fazer meu peito palpitar assí.

Eu sou macho, macho, chó
Mas quando penso que me acho só
Do seio dela sinto falta, e sinto maió
Desejo de me amparar a si, sem dó.

O que eu sinto ainda tá crú
Mas por ela serei sempre nú,
Que se ela gostar de carurú,
Morrerei bem feliz, faustú.



O pernambucano vocálico

Um comentário:

Anônimo disse...

Hahahahahahahaha!
Super criativo! Pra variar... esplêndido! ;D

Sempre nu...