Meio-dia e meio
e meio pêlo no rosto.
Barba.
Meio vazio, meio cheio
e um pensamento na cabeça.
Pentelho.
Meio café-da-manhã.
Meio café na mente.
É um esquente.
Meio que virá comida,
que virá meio virgem.
Delícia.
Todo não é nada
Sem um ou o outro meio
Mas o meio não!
O meio é completo
e é inteiro.
O meio não precisa de todo.
Nem de toldo o meio precisa,
não arrisca, não petisca.
O meio mexe.
Mexe com a mente do meio tolo
e mexe com a mente do meio sábio
Mexendo com a saia da menina.
O meio mede ao meio o nada
Por que nem o nada é todo sem ele.
O meio se acha.
E se perde n'um piscar de olhos.
Que o meio é arisco,
o meio é errado.
Mas também é meio certo
que da metade que se tira a outra
ainda faltam duas metades.
E se do meio for tirando metades,
formar-se-ão novos meios de se fazer
daquele meio um novo meio.
Nem que seja por outro meio,
nem que seja calcinha ou cueca,
nem que seja enxuta ou molhada.
Nem que o meio seja meio-termo
do termo que está no meio
entre esses dois meios.
Que também são dois extremos.
E como sou meio extremo,
deixarei isso ao meio.
A outra metade você rasga e divide
em dois meios.
Que esse meio você guarda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário