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quinta-feira, 5 de março de 2009

Deixa eu falar as minhas merdas
Só comigo mesmo
Que o fedor da merda fede
Quando reflete no espelho.

Melhor assim, só álcool em mim
Que dias atrás de morrer
A vida vai ser a mesma merda de sempre.
A mesma merda de sempre humana.

Os humanos são uma raça deprimente.
Eu gosto dos cães,
Olho para os cães jogados às ruas
E eles me olham com pena.

Os coitados, coitados.
Coitados do coitado que sou eu.
Os cachorros são animais bondosos.
Eles sentem pena de mim, quando não medo.

Meus versos estão trôpegos.
Porque falei de humanos, que são merda.
Porque falei de cães e não de gatos.
Os gatos completam o sentido dos cães.

Não haveria sentido para a vida dos cães
Se não existissem gatos.
Ainda não existe sentido para essa merda
Que é ser humano.
[eu deveria ter escrito uma prosa.

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