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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Vanessa entrou e pairou
seu olhar de jovem ninfa
no meu mais pueril
suspiro de ardil amor.

Não viam, meus olhos infantis,
o ardor de todo aquele corpo
que contradizia meu pesar piegas
com curvas cheias de gosto.

Brincávamos de ser o que éramos:
eu, poeta, vivendo à sua autoria -
dos gestos e carícias que me cedia;
ela virgem, ela vadia, ela santa
[aos treze.

Vanessa saiu seca e insossa,
só como quem sai de um livro fechado
e a poesia que restou em mim cá está
em um texto frívolo, suado e desalmado.

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