As vozes
às aspas
as vezes
assolam
as vozes
alheias.
Cantando,
soando,
suando,
matando.
Transando,
um a um,
desvarios
da vida.
Espaços
esparsos
aos passos
dos laços
dos nossos
amassos.
Querendo,
doendo,
gemendo,
recebendo.
Enternecendo,
dois a dois,
vandalismos
do homem.
A anágua
desagua
nas águas
tuas ancas
morenas
sem mágoas.
Saindo,
sorrindo,
caindo,
subindo.
Colorindo,
por si só,
alvinegro sorriso
meu.
Carente Cadência
sexta-feira, 15 de abril de 2011
terça-feira, 12 de abril de 2011
Que lhe dirão os galantes ventos
ao rondar-lhe os lindos cabelos?
Serão mais sublimes seus intentos
que estes versos que eu cá ensejo?
Saberão os canários cantar-lhe as mil formosuras
ou de todo se perderá o som do matinal elogio?
Quiçá, ao avistar da minha dama tamanha ternura,
os pássaros se vexem e não soltem do bico um pio.
Temo que nem mesmo o deus sol digno seja
de ter-lhe, sobre a pele fina, seus raios.
Pois alguém quem até o próprio Zeus deseja
não se pode manter sob cuidado dos lacaios.
Vênus, de certo, irá jurar-lhe vingança
quando se der conta de tamanha singeleza:
vive junto aos humanos uma bela criança
capaz de destituir-lhe a hegemônica beleza.
Mas o teu nobre seio que a todos encanta
que, com mesmo feitiço, tem-me subjugado
há de fazer do Olimpo tua mais nova manta
e do humano mais inocente um vil condenado.
Ode ao Amor Platônico
ao rondar-lhe os lindos cabelos?
Serão mais sublimes seus intentos
que estes versos que eu cá ensejo?
Saberão os canários cantar-lhe as mil formosuras
ou de todo se perderá o som do matinal elogio?
Quiçá, ao avistar da minha dama tamanha ternura,
os pássaros se vexem e não soltem do bico um pio.
Temo que nem mesmo o deus sol digno seja
de ter-lhe, sobre a pele fina, seus raios.
Pois alguém quem até o próprio Zeus deseja
não se pode manter sob cuidado dos lacaios.
Vênus, de certo, irá jurar-lhe vingança
quando se der conta de tamanha singeleza:
vive junto aos humanos uma bela criança
capaz de destituir-lhe a hegemônica beleza.
Mas o teu nobre seio que a todos encanta
que, com mesmo feitiço, tem-me subjugado
há de fazer do Olimpo tua mais nova manta
e do humano mais inocente um vil condenado.
Ode ao Amor Platônico
sábado, 2 de abril de 2011
Que porra nenhuma.
Você quer é nádegas.
E são o que eu quero também
além de peitos e bocetas
e além de todo o além.
Você quer é viajar feito louco.
Mas não pode, humano, não.
Por que você é de carne e osso
e não tem as receitas para sair
desse corpo monte de merda insosso.
Só sabe ficar assim, sábio,
assim esbelto e assim culto.
Nunca sentirá a alegria de um puto
ao entrar n'um cabaré e refletir,
entre bebidas e bocetas,
o sentido da vida.
Não sabe dar sentido a nada.
Por que tem tudo: não valem a pena
as garotas românticas que se despem
em cada pêlo excitado de seus corpos
às suas idiossincrasias e seus sensos
de achar que diz algo que preste, de censor.
Pois 'inda digo que mais vale
ter a confiança de todas as piores
doenças venéreas alheias a ter em si
o crédito de ser teu amigo, amigo.
Você é, das desgraças, a maior de todas.
Contenta-te!
[9 de Dezembro de 2010 ~ 22:58h]
Você quer é nádegas.
E são o que eu quero também
além de peitos e bocetas
e além de todo o além.
Você quer é viajar feito louco.
Mas não pode, humano, não.
Por que você é de carne e osso
e não tem as receitas para sair
desse corpo monte de merda insosso.
Só sabe ficar assim, sábio,
assim esbelto e assim culto.
Nunca sentirá a alegria de um puto
ao entrar n'um cabaré e refletir,
entre bebidas e bocetas,
o sentido da vida.
Não sabe dar sentido a nada.
Por que tem tudo: não valem a pena
as garotas românticas que se despem
em cada pêlo excitado de seus corpos
às suas idiossincrasias e seus sensos
de achar que diz algo que preste, de censor.
Pois 'inda digo que mais vale
ter a confiança de todas as piores
doenças venéreas alheias a ter em si
o crédito de ser teu amigo, amigo.
Você é, das desgraças, a maior de todas.
Contenta-te!
[9 de Dezembro de 2010 ~ 22:58h]
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