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terça-feira, 10 de maio de 2011

Ah, vida ingrata.
Que me deixa esperando
- depois, só pra me matar.
Que em mim se esvai.

Ah, vida de enganos.
Que a cada dia tenho menos
- digo, a cada dia que vivo mais.
Que nasce pra expirar.

Ah, vida maravilhosa
com sua crueldade mais impiedosa.
Com suas mulheres, muito vivas
- muitas, muito gostosas.

Ah, vida milagrosa.
Que se deixa por querer mais
viver, amar, pedir demais
dos meus 21 anos atrás.

Não é viva esta palavra.
Não é morta esta peleja.
Não é alívio, nem sofrimento.
Não é felicidade, nem tristeza.

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