Veneno
Aguardo, bela meretriz, para te sorver o sangue.
Em escárnio, em putrefação, em galhofa.
Haurir-te o malfadado veneno,
[inescusável]
E, em ti, a derradeira gota verter.
Resvalar o brando esmero do tormento:
Olhos morféticos teus, moscando-se.
Outrora foste tu, augúrio meu;
Intoxico-me também, pois então.
Jazemos fétidos e tíbios,
Dentre mordaz torpor.
Quase que por sem vigor
Inumamo-nos unidos, em torpe solo,
Minha bela meretriz.
Cessando em vida,
Debruçados e sem coração.
(T.)
2 comentários:
uh.
bem à lá Álvares, heim!?
tesudo, teu poema.
;**
Quanto tempo sem vir aqui...
Confesso que li todos os textos que que ainda não tinha lido.
E adorei....
Você sabe que eu sou sua fã incondicional!
^^
Saudades de conversar com vc sobre arte e poesia nas madrugadas!!
bjos!!
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