Os carros passam - vão e vêm.
Tão depressa, como quem tem
Um longo caminho a trilhar,
Um destino comum a alcançar.
Os carros passam - vão em vez.
Deixando um buraco numa tez
Onde outrora havia um sorriso.
Agora distante do paraíso.
Os carros passam - vez em vão.
Semeando o desastre pelo chão,
Onde marcam com sua fúria de borracha
O grito de dor e horror de quem por ali passava.
Os carros passam - vêm e vão.
Quando descobrem que também se esparramarão,
No asfalto infértil de arrancadas bruscas,
A cor amarga do sangue que agora o ofusca.
terça-feira, 25 de setembro de 2007
sábado, 22 de setembro de 2007
Minha língua pútrida acalenta seu sexo fétido
Seus seios fartos gangrenados fazem meu corpo morto delirar.
Nosso amor necrófilo, ou morto vivo, e tudo mais.
Mas não me negue o prazer último, antes que minh'alma se esvaia em meio a chamas bruxuleantes infernais.
Sua pele em veludo negro, alva e inegável, de onde o gozar da vida provém.
Somos corpos, sem alma, sem vida.
Somos mortos, e nada mais.
Pelo último dos mortos-vivos que nasce.
Pelo falso amor que...
Theophilo.
Seus seios fartos gangrenados fazem meu corpo morto delirar.
Nosso amor necrófilo, ou morto vivo, e tudo mais.
Mas não me negue o prazer último, antes que minh'alma se esvaia em meio a chamas bruxuleantes infernais.
Sua pele em veludo negro, alva e inegável, de onde o gozar da vida provém.
Somos corpos, sem alma, sem vida.
Somos mortos, e nada mais.
Pelo último dos mortos-vivos que nasce.
Pelo falso amor que...
Theophilo.
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
Vago em pensamentos desertos,
bebo dessa água que não me cedes.
Penetro, em ti, o meu mais fundo âmago
Numa lamúria de prazer e infinita prece.
[por teu amor.
Não sei se por angústia ou luxúria,
enlaço-me a ti, num profundo gemido.
E mesmo o teu doce mel genital
não me cessas o prurido.
[por teu amar.
Flagelo-me o mais vivaz e inútil sentir.
Canso e descanso sobre o mesmo busto,
quando a inércia de não te ter
deixa de me causar tremendo susto.
[por teu prazer.
Degolo-te.
Amo-te.
Suicido-te em mim.
[por a ti amar.
bebo dessa água que não me cedes.
Penetro, em ti, o meu mais fundo âmago
Numa lamúria de prazer e infinita prece.
[por teu amor.
Não sei se por angústia ou luxúria,
enlaço-me a ti, num profundo gemido.
E mesmo o teu doce mel genital
não me cessas o prurido.
[por teu amar.
Flagelo-me o mais vivaz e inútil sentir.
Canso e descanso sobre o mesmo busto,
quando a inércia de não te ter
deixa de me causar tremendo susto.
[por teu prazer.
Degolo-te.
Amo-te.
Suicido-te em mim.
[por a ti amar.
sábado, 8 de setembro de 2007
Babélico (Quadro de Poemas)
I
Caos
Perdoa-me, pois;
Sou poeta, não preciso de pessoas.
Perdoa-me, porém;
Por adjunto ser, de tal insanidade.
Quiçá ser meu o sincero desejo da alma;
Entregue às luxúrias.
Perdoa-me tal qual o calor que aqui
dentro ferve; queimando-me o coração.
Perdoa-me, então, por ser poeta e não saber amar.
T. (03/07/07)
II
Quimérico
Confundo-me.
Como o suicídio de uma rosa negra,
Imersa em um jardim de flores fétidas.
Confundo-me.
Como a irracionalidade de um sábio,
Metamorfando idéias pálidas.
Confundo-me,
Com o horror de ser humano,
Declinando-se em emoções lúcidas.
T. (24/07/07)
III
Extravagância
Drogo-me ao arquejo de
um dia afluir em nuvens, sozinho.
Mesmo que suplique o calor de teu cortejo,
Infecto-me na ânsia de falecer-me,
Somente, à quietude da Lua.
Vulto de mãos adormecidas
Em dor não finda
Nem veraz.
T. (13/08/2007)
IV
Primaz Ventura
Plenipotência és Tu, dor.
Qual, pois, há de ser mais forte, que não tu?
Não há mais plectro que
não me surja de ti.
Paralizo-me no minuto do pesar,
Mesmo sem dor:
Pois dói por não doer.
T. (18/08/07)
I
Caos
Perdoa-me, pois;
Sou poeta, não preciso de pessoas.
Perdoa-me, porém;
Por adjunto ser, de tal insanidade.
Quiçá ser meu o sincero desejo da alma;
Entregue às luxúrias.
Perdoa-me tal qual o calor que aqui
dentro ferve; queimando-me o coração.
Perdoa-me, então, por ser poeta e não saber amar.
T. (03/07/07)
II
Quimérico
Confundo-me.
Como o suicídio de uma rosa negra,
Imersa em um jardim de flores fétidas.
Confundo-me.
Como a irracionalidade de um sábio,
Metamorfando idéias pálidas.
Confundo-me,
Com o horror de ser humano,
Declinando-se em emoções lúcidas.
T. (24/07/07)
III
Extravagância
Drogo-me ao arquejo de
um dia afluir em nuvens, sozinho.
Mesmo que suplique o calor de teu cortejo,
Infecto-me na ânsia de falecer-me,
Somente, à quietude da Lua.
Vulto de mãos adormecidas
Em dor não finda
Nem veraz.
T. (13/08/2007)
IV
Primaz Ventura
Plenipotência és Tu, dor.
Qual, pois, há de ser mais forte, que não tu?
Não há mais plectro que
não me surja de ti.
Paralizo-me no minuto do pesar,
Mesmo sem dor:
Pois dói por não doer.
T. (18/08/07)
domingo, 2 de setembro de 2007
Como um poeta morto
Iludir-se é naufragar dentre versos
semprosa, sem'edo, semterra.
Viver um sonho dormente
semvida, semteto, semdona.
Amar é saber se portar em si mesmo
semdó, sempena, semculpa.
Sentir o saboroso sangue viril
sempestanejar, semelucidar, semejacular.
Ter o pó da esperança dentro de si
é tentar um sentimento já inânime
semver, semcrer, semsem.
Sem vencer de dentro de si
a própria angústia, o próprio medo
e a mesma vontade de sempre.
(original de 09/04/07)
Iludir-se é naufragar dentre versos
semprosa, sem'edo, semterra.
Viver um sonho dormente
semvida, semteto, semdona.
Amar é saber se portar em si mesmo
semdó, sempena, semculpa.
Sentir o saboroso sangue viril
sempestanejar, semelucidar, semejacular.
Ter o pó da esperança dentro de si
é tentar um sentimento já inânime
semver, semcrer, semsem.
Sem vencer de dentro de si
a própria angústia, o próprio medo
e a mesma vontade de sempre.
(original de 09/04/07)
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