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terça-feira, 15 de setembro de 2009

Voaremos pelas nuvens,
flutuaremos tranquilamente
pelas águas mais límpidas
do mais doce riacho.

As crianças serão todas felizes,
brincando com seus felinos.
As mulheres não precisarão
mais de sexo.

Mas faremos assim mesmo,
por puro prazer.
Os homens não usarão cuecas,
muito menos precisarão de vasodilatadores.

E, ainda assim, dilatar-se-ão os vasos.
Por que a cada olhar surgirá um novo amor.
E as paixões crescerão descomedidamente
tais quais os versos desse feliz poema.

Cada ser vivo possuirá uma raça
e todos serão da mesma família.
Os filhos: tão queridos e desejados,
constituindo cada qual uma nova linhagem.

As pêras cairão dos sete céus
- cada um de uma cor diferente - que lindo.
Às vezes choverão maças dos véus vermelhos,
bastando apenas realizar-se uma prece.

Os deuses seremos nós mesmos
e obedeceremos todos às nossas leis.
O desejo será uno e crescente
crescentE, cresCENTE, CRESCENTE.

As noites virão descompassadas e lindas.
Tão linda será a lua a surgir
quando se bem entender.
Cada noite de uma cor diferente e mais bonita.

Apenas os seres mais loucos usarão roupas,
por serem partícipes de uma sociedade dessas...
de hippies, revolucionários, comunistas, marxistas.
Ah! Que linda essa tal de loucura.

A insanidade que faz com que esses corpos
tão macios e cheirosos, cubram-se.
A insensatez dessa gente que quer ser
assim diferente, assim de roupa.

Um dia me vestirei com esses macios tecidos
que nascem da terra como se fossem grama.
Mas só quando a loucura se apossar de mim
e estiver cansado de sentir o vento me acariciar
[pelas costas
[pelos cabelos
[pelo corpo inteiro.

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