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sábado, 12 de setembro de 2009

Oro de dia e à noite eu rezo.
Restam-me apenas poucas esperanças:
meu pastor fugiu depois que fecharam
o último brega.

Mas as portas ainda estão abertas.
Das janelas fechadas perpassam raios
de sol, de lua, de vento na bíblia.
Aos ratos caem todos os mortos.

Os joelhos veneram à cama molhada
de fluidos vaginais, etílicos e resquícios
de todos endométrios passados.
Foram rezados à toa, quiçá.

Mas não se esqueça de por o véu de volta.
Quando mirar a porta aberta direta
para a rua, finja que não está nua.
Para os outros, finja-se santa.
[após ter sido, para mim, satã.

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