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domingo, 1 de novembro de 2009

De!




A vida corriqueira é que me abomina
e os vales que andam estas praças
gritando mares de saudades,
até me animam, ai que loucura,

com a lacuna aberta e sangrando no peito,
até que me animam, aberta e sangrando
de um triste moço, muito triste mancebo,
derruba tantos postes na esquina

e grita: que merda de amor!
que loucura de ritmo!
e caído morrendo: ai, que essa dor!

Que essa dor nos jornais da matina
me consome em completa maldade!

eu que, todavia, dou vário ganho
e perco nas entranhas da vida,
não me canso das velas
e ainda choro, é, não tenho mesmo
porquê querer tanto.

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