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segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Eu gosto quando teus olhos tocam
a luz que vem de deus. Do teu olhar,
lacrimoso, rimando o caminho do céu.
De teu vestido, quase nu, quando o vestes.

Eu posso sentir todo o calor de tuas mãos
até quando elas vivificam corpos alheios.
E sentir o roçar de macio seio quando tocam,
mãos de outro homem, algo que tanto anseio.

Mas serão somente minhas, as tuas meninas.
E sob essas d'ouradas madeixas hei de ter eu
meu doce acalento. Como um pastor que volta
ao rebanho saudoso, em fim de um dia frutífero.

E ao recebê-lo, a esposa, com os mais suculentos
mamilos de belo animal. Que vive, reproduz
e morre sem igual - não há outro mais belo
que use saias e saiba portar-se dama.

Oh! Qual dama de minhas quiméricas liras.
O teu busto em minha mente é fogo vivo
que arde em todo e em tudo que é em mim.
Faz arder também a centelha do amor que há
[em ti.



Aos olhos teus II

2 comentários:

Unknown disse...

Q declaração belissima,lindo ,maravilhoso ,sútil e intenso como vc....

Glaycianny Pires disse...

Sensual e sutil, apesar de estar encrustado de uma carga 'poética-erótica' que dá leveza ao texto.
Contraditório, né?
Mas o texto é antitético, meigo e sensual.


Gostei, gostei! ;)